sexta-feira, 27 de agosto de 2010

L’Arbre Vert marca presença no Green Fest


A marca de produtos ecológicos L’Arbre Vert estará presente na 3ª Edição do Green Festival. No espaço L’Arbre Vert haverá a possibilidade de responder a Eco-Quizes e as ofertas ecológicas estão garantidas!
Destinados a divulgar as vantagens da marca e produtos, bem como conselhos para ser mais amigo do ambiente, os Quizes L’Arbre Vert são uma actividade divertida que ajuda à proliferação da educação ambiental.
A realizar-se entre os dias 10 e 17 de Setembro de 2010 no Centro de Congressos do Estoril, o Green Festival é ja uma referência na área do desenvolvimento sustentável. Aliada ao Ano Internacional da Biodiversidade e ao Ano Europeu Contra a Pobreza e Exclusão Social, esta edição está de volta com um vasto programa de actividades destinado a sensibilizar os participantes para a importância de um futuro mais verde, solidário, equilibrado e repleto de bem-estar. Música, actividades para crianças, contacto com empresas sustentáveis, compras ecológicas, alimentação saudável, swap market, passatempos, pedipaper, mercado biológico, aulas de yoga, meditação ou massagens são algumas das iniciativas previstas. Para mais informações acerca da marca L’Arbre Vert e do evento Green Festival, consulte os websites: www.larbrevert.pt e www.greenfestival.pt/2010.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Quercus denuncia falta de conservação da floresta portuguesa

A falta de conservação da floresta portuguesa tem sido a grande falha no combate aos incêndios dos últimos anos, denuncia hoje a Quercus. A associação defende um cadastro “actualizado e rigoroso” e a aposta nas espécies autóctones.
Ainda que a coordenação e combate aos incêndios tenha melhorado, a prevenção “continua a tardar”, comenta a Quercus em comunicado. Neste capítulo, um dos maiores problemas continua a ser “ordenar o que não se conhece”. Como alternativa, a associação defende um novo cadastro geométrico da propriedade rústica, promovendo o “associativismo e a gestão da estrutura minifundiária” no Norte e Centro do país.
Além disso, a associação pede a realização de um novo Inventário Florestal Nacional. O último data de 2005/2006. Este documento deve incluir “informação detalhada e actualizada sobre as espécies que ocupam o território, definindo claramente as áreas de povoamentos, matos e jovens povoamentos em regeneração natural que, frequentemente, são incluídos na área de matos”, explica.
A Quercus diz ainda que se deve operacionalizar no terreno as Zonas de Intervenção Florestal (ZIF), enquanto áreas de gestão conjunta, e que se deve dar “particular atenção à necessidade de conter a dispersão urbanística nos espaços florestais”. “Aliás, Portugal parece particularmente empenhado em destruir a sua própria floresta, autorizando diversos projectos de urbanização em áreas condicionadas, nomeadamente áreas de montado de sobro e azinho e florestas litorais”.
A Quercus coloca no centro do ordenamento florestal a “diversificação da paisagem no espaço rural”, apostando na silvicultura preventiva sustentável e nas espécies folhosas autóctones, como o carvalho e o sobreiro. De acordo com o Inventário Florestal Nacional, enquanto o eucalipto se tem mantido estável, a azinheira e carvalho registaram uma queda abrupta.
Nesta série de recomendações, a associação inclui ainda a urgência em “agilizar o acesso às verbas previstas no Fundo Florestal Permanente e no PRODER para a gestão da floresta”. Além disso defende mais apoios financeiros e técnicos à plantação e gestão da floresta autóctone e não apenas às espécies de crescimento rápido.
Segundo os últimos dados da Autoridade Florestal Nacional, até 15 de Agosto foram registadas 14.661 ocorrências, das quais 2449 incêndios florestais, que resultaram numa área ardida de 71.687 hectares.

(Fonte: Ecosfera - Público)

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Catástrofes alertam para efeitos de aquecimento global

Entre canícula, seca e inundações, os acontecimentos excepcionais que se desenrolam este verão, da Rússia ao Paquistão, remetem para as perspectivas sombrias dos efeitos futuros das mudanças climáticas, noticia a Lusa.
Os climatólogos interrogados pela agência noticiosa AFP recusam correlacionar as catástrofes que atingem a Federação Russa, o Paquistão, a China ou a Europa de Leste, argumentando com a falta de histórico.
Mas todos as consideram «coerentes» com as conclusões do Grupo Intergovernamental de Peritos sobre as Mudanças Climáticas (GIEC).
«São acontecimentos que se reproduzem e se intensificam num clima perturbado pela poluição dos gases com efeito de estufa», adianta Jean-Pascal Van Ypersele, vice-presidente do GIEC.
«Os acontecimentos extremos são uma das maneiras pelas quais as mudanças climáticas se tornam dramaticamente perceptíveis», acrescentou.

Terra nunca esteve tão quente
A Agência dos Estados Unidos para os Oceanos e a Atmosfera (NOAA, na sigla em inglês) assegura que o planeta nunca esteve tão quente como no primeiro semestre de 2010.
Ora, segundo o GIEC, num clima que está a aquecer, as secas e as vagas de calor, como a que ocorre na Federação Russa e em 18 Estados norte-americanos, tornar-se-ão mais intensas e mais longas.
«Que se trate de frequência ou de intensidade, praticamente em cada ano batem-se recordes, às vezes até na mesma semana: na Rússia, o recorde absoluto observado em Moscovo, nunca visto desde o início dos registos meteorológicos há 130 anos (38,2 graus Celsius no fim de Julho), foi batido no início de Agosto. No Paquistão, as inundações nunca conheceram uma tal amplitude geográfica», sublinha Omar Baddour, encarregado de acompanhar a evolução do clima mundial na Organização Meteorológica Mundial.
«Encontramo-nos, nos dois casos, numa situação sem precedentes», assegurou.
«A sucessão de extremos e a aceleração dos registos são conformes às projecções do GIEC. Mas é preciso observar estes extremos ao longo de vários anos para tirar conclusões em termos de clima», relativizou.
Tanto assim que as inundações no Paquistão poderão ser imputáveis ao fenómeno La Niña que - ao contrário do El Niño, ao qual sucede normalmente - é provocado por um arrefecimento acentuado da temperatura na superfície do Oceano Pacífico Central.
«De maneira geral, o El Niño provoca uma seca no subcontinente indiano e no Sahel. Com o La Niña é o contrário», adiantou Baddour.
O climatólogo britânico Andrew Watson justificou o calor atual com o El Niño do ano passado.
«Sabemos que depois do El Niño segue-se um ano particularmente quente, e é o que se está a passar», apontou.
O especialista adiantou que os extremos observados este ano são «totalmente coerentes com os relatórios do Grupo Intergovernamental de Peritos sobre as Mudanças Climáticas e com as previsões de 99 por cento dos cientistas».

(Fonte: Diario.iol.pt)