segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Europa digere mal fiasco de Copenhaga

As Nações Unidas e os líderes devem fazer uma nova tentativa de acordo na conferência do México, marcada para Dezembro de 2010.
A montanha pariu um rato. Depois de uma longa epopeia negocial, os líderes mundiais foram incapazes de fazer desta a cimeira a ‘Ialta para o clima' e, em vez de salvar o planeta, salvaram apenas a face com um texto de duas páginas e meia, cheio de intenções e nenhuma obrigação. Ultrapassada nas negociações pelos EUA e países emergentes, a Europa sai de Copenhaga frustrada e impotente para convencer o mundo.
A única ambição que sobra do encontro é renovar a promessa de tentar de novo na próxima reunião no México em Dezembro de 2010. Mas para cúmulo, o texto nem sequer tem valor legal. Sem unanimidade, as Nações Unidas apenas "tomam nota" do acordo. "Temos de transformar isto num acordo vinculativo no próximo ano. A sua importância só será reconhecida quando for lei internacional", disse Ban Ki Moon, secretário geral da ONU. Mas nos termos deste acordo a luta para o aquecimento global vai continuar a ser definida em cada capital ao sabor da agenda interna de cada país ou bloco: era esta a visão climática dos EUA que acabou por levar a melhor na conferência das Nações Unidas.
A Europa, líder mundial em políticas assertivas para o clima, acabou por ser relegada para segundo plano na fase final das negociações, com a eliminação de metas para a redução de emissões de CO2, nem sequer para 2050, como havia já decidido o G8+G5: nesse sentido Copenhaga é um passo atrás.
Depois dos relativos êxitos do G20 na resposta à crise, o desfecho frustrante da ONU para o clima pode agora despoletar um conjunto de políticas de teor proteccionista, como um imposto de carbono para os países com objectivos climáticos menos ambiciosos. Para as empresas europeias o resultado é misto. Um acordo vinculativo "trazia certeza legal" para os investimentos em tecnologias limpas, lembra a BusinessEurope. A concretização de esforços comparáveis entre os blocos mundiais também contribuiria para uma integração dos mercados de carbono, que devem por agora devem permanecer pouco activos e, fruto deste acordo, com um preço do carbono mais baixo. Este cenário pode ser positivo para as empresas mais poluentes. Apesar de se queixarem da concorrência desleal das congéneres chinesas ou americanas, fruto das limitações de CO2 na Europa, podem levantar o pé do acelerador no processo de reconversão.
A nível geopolítico a COP15 marca o ascendente cada vez maior do G2 (EUA e China) na regulação mundial. Isso e a emergência do Brasil como um ‘player' mundial. Aliás, o acordo foi desenhado numa pequena sala do Bella Center de Copenhaga entre os presidentes dos EUA, Barack Obama, do Brasil Lula da Silva, da Índia Manmohan Singh e o primeiro-ministro chinês Wen Jiabao. "Quando é para baixar a ambição a Europa não está presente", ironizou o presidente da Comissão, Durão Barroso. A chanceler alemã, Angela Merkel, não escondeu "sentimentos mistos" em relação ao acordo, que o presidente francês Nicolas Sarkozy chama de "imperfeito".
Os europeus, que entraram em Copenhaga com o desejo de elevar o corte de emissões de 20 para 30%, hesitaram em apoiar um acordo que deixa tudo na mesma. Queriam um acordo sobre o clima e obtiveram apenas um acordo para o desenvolvimento, com a criação de um fundo climático para os países mais pobres de 30 mil milhões de dólares para gastar até 2012 (onde Japão e UE oferecem cada um o triplo dos EUA). Isso e uma promessa de mobilizar 100 mil milhões para estes países até 2020, que deixa em aberto de onde vem o dinheiro.
Depois da reunião com os emergentes, Obama abandonou a cimeira reconhecendo que o texto "não é suficiente para combater a ameaça das alterações climáticas mas é um importante primeiro passo". "Um primeiro passo para uma nova ordem climática mundial - nada mais mas também nada menos que isso", acrescenta Merkel.
Já com Obama a bordo do Air Force One, os líderes europeus tentaram ainda ‘melhorar' o acordo reinscrevendo reduções mundiais de CO2 na ordem dos 50% até 2050. Em vão. Os países desenvolvidos, incluindo os EUA, aceitariam essa meta e queriam deixar escrito o seu compromisso com a redução de 80% até essa data. Mas a China, mesmo não sendo implicada por essa meta, impediu essa quantificação alegando que isso lhes colocaria pressão para seguir o exemplo. "Crescer a ritmos de dois dígitos é um objectivo, não é negociável para a China", explica um negociador europeu, "seja por que causa for".

(Fonte: Diário Económico)

Acordo frustrante em Copenhaga

O mundo falhou um acordo ambicioso na Cimeira do clima.
Em cima da mesa estava uma meta de redução de emissões de 50% até 2050, com um esforço calculado em 80% para os países mais desenvolvidos. Algo que afasta quaisquer restrições para 2020 bem como a promessa de se tornar vinculativo e obrigatório no decorrer de 2010, dentro de seis meses ou um ano. Até o objectivo de fixar 2020 como ‘pico' das emissões globais, o que para os cientistas é fundamental para fazer com que a temperatura do planeta não aumente 2 graus, foi colocado de lado, fixando-se ao invés um rendez-vous em 2016 para estudar a possibilidade de estabelecer 1,5 graus como tecto máximo.
Não é o suficiente para combater as alterações climáticas mas é um primeiro passo, dizem fontes dos EUA, citadas pelas agências. A confirmar-se é um passo atrás face ao que os europeus procuravam, motivo pelo qual a UE chegou a ponderar ontem ‘saltar fora'.

Não há um único compromisso ambiental vinculativo no acordo que os líderes firmaram hoje em Copenhaga, que se cinge a um pacote de ajuda aos países mais pobres.
“É um passo tímido”, admitiu José Sócrates.
Depois de 12 dias de negociações, os países desenvolvidos ficaram aquém das piores expectativas, falhando um acordo sobre metas de redução de emissões, tanto para 2020 como para 2050, recusando-se a atar as mãos sobre um qualquer calendário de ajustamento económico a tecnologias mais limpas. Os líderes adiam para 2010 todas as decisões difíceis, incluindo – segundo declaração paralela ao acordo - a intenção de voltar a procurar um acordo vinculativo na COP16, no México.
A UE vê totalmente frustradas as suas ambições para esta reunião no tocante à fixação de metas para a redução de emissões, com os líderes dos 27, como a alemã Angela Merkel ou o francês Nicolas Sarkozy a decidirem-se juntar ao acordo por ser “melhor que nada”. “É um passo tímido” disse José Sócrates, o primeiro-ministro português, que “fica aquém do que eram as expectativas da UE para esta cimeira. Mas é um acordo, o que é melhor que um não acordo”. É uma “falsa partida para o pós-2012”, data em que expira o protocolo de Quioto, defende a Quercus.
No deve e haver do encontro, os EUA juntaram-se à promessa de amealhar 100 mil milhões de euros anuais para as nações africanas até 2020, e ofereceram, para o total dos próximos três anos, 3,6 mil milhões de dólares, menos dos 10,6 mil milhões europeus e 11 mil milhões japoneses. E os países emergentes, como a China e Índia, comprometem-se a apresentar medidas concretas para combater o aquecimento até Fevereiro de 2010. Num elemento chave do acordo, admitem reportar cada dois anos as suas emissões efectivas. Os países ‘ricos’ prometem apresentar metas de redução de emissões para 2020 até Fevereiro de 2010, mas sem qualquer compromisso quantitativo.

(Fonte: Diário Económico)

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Acordo… Sim, Não, Talvez...

Os Estados Unidos da América (EUA) e a China estão no centro das atenções e cabe-lhes um papel decisivo no desbloquear das negociações com vista a um acordo, por serem os dois maiores emissores mundiais de dióxido de carbono (a China já ultrapassou os EUA em emissões anuais, mas os EUA são historicamente o país que mais emitiu CO2 para a atmosfera terrestre).
Devido à responsabilidade histórica dos EUA, a administração norte-americana tem sido pressionada para apresentar um plano mais ambicioso de redução de emissões. Até agora, os EUA propuseram-se reduzir 17% as suas emissões até 2020, em relação aos níveis de 2005. Um esforço tímido em comparação com o europeu, por exemplo. A União Europeia (UE) por seu lado avança para os 30% até 2020, em relação aos níveis de 1990.

Empatados em inércia
EUA e China também ainda não acertaram o passo em relação à verificação dos esforços de Pequim. Washington quer garantias que o controlo de emissões de dióxido de carbono por parte da China é real e verificável. Mas Pequim não tem aceitado essa verificação externa. O Primeiro-Ministro chinês já disse que aceita o diálogo e a cooperação que não seja intrusiva.
Tem havido recriminações de parte a parte. O senador John Kerry acusou acusou a China de ser a maior causa de inércia em Copenhaga. Os chineses ripostam com a responsabilidade histórica dos EUA no problema e com o nível de desenvolvimento e de emissões por habitante muito diferente entre os dois países.

Discursos e intenções
Ontem sucederam-se os discursos dos chefes de Estado e de Governo em Copenhaga. Muitos ultrapassaram a duração máxima prevista de 3 minutos mas sem um acrescento substancial de conteúdo. A maioria dos líderes sublinhou a importância de se chegar a um acordo e a importância histórica do que está em jogo.
O Brasil, um dos protagonistas desta cimeira – devido não só a ser uma das maiores economias emergentes mas também pelo que representa a Amazónia – pôs as cartas na mesa. “Esta conferência não é um jogo onde se possa esconder cartas na manga. Não podemos ficar à espera da jogada do nosso parceiro”, disse o Presidente brasileiro, Lula da Silva (em português). Senão “todos serão perdedores”.
Lula da Silva advertiu que “não é politicamente racional, nem moralmente justificado colocar interesses corporativos e sectoriais acima do bem comum da humanidade." O Presidente brasileiro defendeu ainda que o Protocolo de Quioto não poderá ser substituído por instrumento menos exigente.
Em defesa do Protocolo de Quioto também saiu o presidente francês, apesar da UE já ter dito que Quioto é insuficiente. Nicolas Sarkozy alertou para o fracasso desta Cimeira seria uma catástrofe. “Temos que chegar a acordo sobre uma posição política comum", apelou.

“Qual impasse?”
O primeiro-ministro português também discursou (em inglês) perante o plenário. Sócrates fez um sublinhou a aposta portuguesa nas energias renováveis e fez votos para que saia uma vitória de Copenhaga.
No final, em declarações aos jornalistas o primeiro-ministro disse esperar que a China e os Estados Unidos façam mais para que se chegue a um acordo. “Tenho a convicção de que os Estados Unidos e a China poderão dar passos em frente, acompanhando a liderança europeia que tem sido afirmada nesta conferência”.
Sócrates desvalorizou o impasse em que as negociações se encontravam a de 24 horas do final. “Qual impasse? É sempre assim numa cimeira”, disse acrescentando que “gostaria que as coisas estivessem mais avançadas, mas não perco a esperança, porque o mundo não tem condições para assistir a um falhanço”.

Esforços insuficientes
Um documento confidencial de análise das Nações Unidas, revelado pelo jornal britânico The Guardian, mostra que as propostas de redução de emissões que estão em cima da mesa em Copenhaga não vão ao encontro do objectivo enunciado pela maioria dos países (alguns, como os Pequenos Estados Ilha, ameaçados pela subida do nível médio das águas do mar, pretendiam impor um objectivo de 1,5 ºC) de limitar o aumento da temperatura média global a 2 ºC, mas levarão sim a uma subida de 3 ºC.

À espera dos líderes
Esta manhã aguarda-se que comecem a chegar ao Bella Center os líderes mundiais, com destaque para o presidente norte-americano, Barack Obama e o Primeiro-Ministro chinês Wen Jibao. Vive-se um ambiente de expectativa, mas ninguém arrisca previsões. Acordo? De princípios e boas intenções… certamente; juridicamente vinculativo… já se sabe que não; politicamente vinculativos com prazos para que durante 2010 se assine um tratado… talvez.

(Fonte: Sic Online)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Europa tem de «acordar» em Copenhaga

Quercus e outras ONG europeias exigem maior empenho da União Europeia nas negociações climáticas.
«A Europa tem de acordar e chegar a acordo». É este o resultado que a Quercus espera da conferência do clima, que decorre desde segunda-feira na Dinamarca. Tal como outras Organizações Não Governamentais (ONG) europeias presentes em Copenhaga, a associação ambientalista portuguesa exige um maior empenho da União Europeia nas negociações climáticas.
Em comunicado, citado pela Lusa, a Quercus salienta que os custos para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa «são agora muito mais baixos».
A associação ambientalista enumera os aspectos em que a União Europeia deve «melhorar ou clarificar» posições durante a Cimeira de Bruxelas, que decorre estas quinta e sexta-feira.
Entre os pontos referidos está a meta de diminuição de gases com efeito de estufa. A Quercus entende que os países devem «actualizar o seu objectivo de redução para 2020» para pelo menos 40%.
«Esperamos que a Cimeira de Copenhaga, que já decorre desde segunda-feira, inspire a Cimeira de Chefes de Estado em Bruxelas a acontecer nos últimos dias desta semana, constituindo um passo fundamental para determinar as posições da UE em Copenhaga», refere ainda a Quercus.

(Fonte: Portugal Diário)

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

COP15 - Cimeira de Copenhaga

A cimeira de Copenhaga é a 15ªCimeira organizada pelas Nações Unidas acerca das alterações climáticas, que vai decorrer de 7 a 18 de Dezembro e que conta com a presença de 192 países.
A primeira Cimeira ocorreu em Berlim em 1995, 3 anos depois da Conferência do Rio de Janeiro - Cimeira da Terra - onde 154 países assinaram o United Nations Framework Convention on Climate Change, que entrou em vigor em 21 de Março de 1994.
Desde então, diversos países se têm reunido anualmente nas chamadas Conferences of the Parties (COP), para analisar as alterações climáticas e negociar os termos do Protocolo de Quioto.
E em que consiste o Protocolo de Quioto? Assinado em 1997, este estabelece limites de emissões de gases com efeito de estufa para 37 países industrializados e a União Europeia entre 2008 e 2012. O grande objectivo deste tratado é reduzir as emissões em 5% face aos níveis de 1990.
Na Cimeira de Copenhaga, os ministros do Ambiente vão reunir-se para a conferência do Clima das Nações Unidas com o objectivo de encontrar um acordo que substitua o Protocolo de Quioto, que termina em 2012.
O ponto mais delicado da cimeira é a denominada "partilha de encargos", segundo a qual se pretende definir que países devem reduzir as suas emissões e em que montante.
A quatro dias do início da Cimeira que pode mudar as políticas ambientais mundiais, todos os olhares se debruçam na capital Dinamarquesa.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Ciência aponta para catástrofe ambiental

A comunidade científica divulgou ontem um relatório que poderá funcionar como sério aviso aos líderes presentes na Cimeira de Copenhaga sobre o clima. Publicado pelo prestigiado Instituto de Investigação sobre Clima de Potsdam, na Alemanha, o estudo conjuga as informações mais recentes para fazer um diagnóstico planetário no mínimo arrepiante.
O grupo de cientistas afirma que as temperaturas médias do planeta podem subir entre 2 graus e 7 graus centígrados, até 2100. O valor mais alto será sem alterações ao actual quadro de emissões de gases com efeito de estufa. Na melhor das hipóteses, os oceanos da Terra vão subir dois metros.
As emissões de dióxido de carbono aumentaram 40% entre 1990 e 2008, estando nos cenários mais elevados dos modelos do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, da ONU. O CO2 atmosférico já atingiu 385 ppm (partes por milhão), o valor mais alto em 800 mil anos, e os cientistas temem que este nível seja próximo do ponto de inflexão, a partir do qual as alterações serão irreversíveis.
A este ritmo, em 2020, as temperaturas já terão subido 2 graus. Para piorar o cenário, a absorção de dióxido de carbono pelos reservatórios naturais (oceano, florestas) está a diminuir. Anualmente, a atmosfera ganha quase 2 ppm de dióxido de carbono, a taxa mais elevada registada em núcleos de gelo.
Num cenário de aumento de 2 graus na temperatura média, o planeta sofreria monção desigual, seca na bacia amazónica, degelo na Gronelândia e Árctico, seca no Sudoeste da América do Norte. O impacto de 7 graus seria devastador, incluindo degelo dos glaciares dos Himalaias, interrupção de circulações oceânicas (incluindo Atlântico), El Niño dramático e desertificação no Sahel. O Atlântico Norte seria muito mais frio e só a alteração nas correntes elevaria o nível das águas em um metro.
Os cientistas não têm as respostas todas e há muitas incógnitas, sobretudo se a alta atmosfera está a aquecer (tudo indica que sim) e se o metano aumenta (também). Serão de esperar secas e precipitações extremas, mas em escalas bem mais intensas do que hoje.

(Fonte: Diário de Notícias)

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Pequenos gestos fazem toda a diferença

A interferência desordenada do homem no meio ambiente, através da utilização pouco racional dos recursos, da poluição que gera e nos espaços que retira aos ecossistemas naturais, traduz-se num impacto negativo no planeta. Este impacto começa a ser sentido a nível:
- da extinção das espécies;
- da redução da biodiversidade;
- do esgotamento dos recursos naturais;
- da poluição atmosférica, dos solos e da água;
- do aquecimento global;
- da rarefacção da camada do ozono.
É importante reconhecer que o ser humano é parte indissociável daquilo que deve ser um ambiente ecologicamente equilibrado. Então o que fazer para preservar o ambiente em que vivemos e de que tanto necessitamos? Há que "despertar" para a tão necessária mudança de hábitos e mentalidades e fazer a diferença, começando a "pensar globalmente e agir localmente".
As nossas escolhas reflectem-se nos nossos comportamentos mais ou menos amigos do ambiente. Economizar água, preservar a fauna e a flora, entre outras coisas importantíssimas está nas nossas mãos e ajuda a minimizar o nosso impacto na natureza. A "econsciência" surge quando reconhecemos que o contributo de cada um de nós é fundamental para assegurar a sustentabilidade ambiental. Os pequenos gestos, por mais insignificantes que possam parecer, fazem realmente toda a diferença.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

E tu? Já tens a tua Visão Verde?


Esta semana saiu uma edição especial da revista Visão dedicada ao Ambiente. Bons artigos, com informação pertinente, a saber: o desafio ambiental das cidades, com exame ao ambiente da grande Lisboa; o contributo de cada país para a poluição da terra, traduzido nas emissões de CO2, responsáveis pelo efeito de estufa; 25 ideias para salvar o planeta e poupar; o que não podemos ignorar sobre a conferência climática de Copenhaga, que em Dezembro vai procurar soluções para o mundo...
E venham mais edições verdes! Precisam-se!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Alterações climáticas poderão causar morte de 250 mil crianças em 2010

As alterações climáticas poderão estar na origem da morte de 250 mil crianças no próximo ano. O alerta é feito pela organização não governamental (ONG) britânica Save the children, que salienta que em 2030 estes dados poderão ser ainda mais dramáticos, atingindo as 400 mil mortes.
De acordo com a edição electrónica do jornal "Telegraph", que cita os números avançados pela organização humanitária, a ONG refere ainda que na próxima geração mais de 900 milhões de crianças irão ser afectadas pela carência de água e 160 milhões correrão o risco de contrair malária.
Numa altura em que se prevê um aumento das épocas de seca e de cheias, que forçarão muitas pessoas a deixar as suas casas, a Save the children considera que as alterações climáticas serão a maior ameaça à saúde das criamças do século XXI.
Em 2030, a organização prevê que 175 milhões de crianças possam ser afectadas pelas consequências de desastres naturais como cheias, secas e furacões.
(Fonte: Portugal Diário)

sábado, 24 de outubro de 2009

Douro conquista 7º lugar no ranking da National Geographic Society

O Douro conquistou o sétimo lugar de um total de 133 destinos turísticos sustentáveis da National Geographic Society, ficando à frente de regiões como a Toscana (Itália) ou o centro histórico de Salzburg.
O chefe da Estrutura de Missão do Douro, Ricardo Magalhães, afirmou que «este é um reconhecimento excepcional que confirma o sentido do trabalho que tem sido realizado para converter o Douro num destino turístico de excelência, com elevados critérios de sustentabilidade e qualidade».
Depois da classificação como Património Mundial da Humanidade em 2001, a mais antiga região demarcada do mundo - o Douro - participou no concurso das "7 Maravilhas da Natureza", ficando entre os 77 melhores, e foi agora destacada pela National Geographic.
A National Geographic Society divulgou uma nova lista de destinos turísticos sustentáveis, para a qual contribuíram 400 peritos de diferentes áreas, que coloca o Douro no 7º lugar desse ranking, reconhecendo o valor da região vinhateira nas atracções históricas e naturais.
Segundo um comunicado da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), pela primeira vez, o Douro surge à frente de outros destinos de excelência como a região da Toscana, em Itália, ou o centro histórico de Salzburg, na Áustria.
A avaliação foi feita com base em seis critérios, designadamente a qualidade ambiental e ecológica, a integração social e cultural, o estado de conservação de edifícios históricos e sítios arqueológicos, o apelo estético, a qualidade da gestão turística e perspectivas para o futuro.
(Fonte: TSF Rádio Notícias)

Alterações climáticas: Lisboa e Porto em campanha mundial

Lisboa e Porto são duas das 144 cidades em todo o mundo onde vão haver acções para exigir que se chegue a um acordo para uma redução da concentração de carbono na atmosfera na cimeira de Copenhaga.
O encontro que se realiza entre 7 e 18 de Dezembro na capital da dinamarquesa vai juntar líderes políticos mundiais com o objectivo de se chegar a um documento substituto do Protocolo de Quioto.
Segundo notícia à agência Lusa, as concentrações deste sábado, que se realizam um pouco por todo o globo, visam sensibilizar os governos para a necessidade de se reduzir a concentração de dióxido de carbono (C02) na atmosfera para 350 partes por milhão (ppm), considerado o «limite superior de segurança». Os níveis de C02 na atmosfera situam-se entre 385 e 390 ppm, mas têm aumentado de forma acentuada.
«Em Portugal também haverá iniciativas locais em Tomar, Braga ou no Alentejo», disse à agência Lusa o porta-voz do evento português, salientando que, «com mais de 1700 acções em todo o mundo, esta iniciativa poderá tornar-se na maior acção ambiental de sempre».
(Fonte: Portugal Diário)

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Eco-gestos no Quotidiano

Aqui ficam alguns conselhos para que, no seu dia-a-dia, possa levar a cabo alguns gestos mais ecológicos que lhe permitam economizar e contribuir para a preservação do Meio Ambiente.
Nas suas compras
Adquira electrodomésticos de baixo consumo de água e energia (eficiência energética A+); Privilegie produtos ecológicos e portadores do Rótulo Ecológico da União Europeia; Adquira preferencialmente produtos concentrados para que possa reduzir as doses utilizadas e garantir uma boa eficácia.
No seu consumo de electricidade
Desligue os seus aparelhos eléctricos da tomada sempre que estes não sejam necessários (televisão, aparelhagem, máquina de café…); Limite a utilização de lâmpadas incandescentes e halogéneas e privilegie o uso de lâmpadas de baixo consumo (fluorescentes); Privilegie a secagem da roupa ao ar livre ao invés de utilizar a máquina de secar (grande consumidora de electricidade).
No seu consumo de água
Controle as suas instalações de modo a evitar fugas de água: juntas defeituosas, torneiras mal fechadas…; Prefira o duche ao banho de imersão: economizará em média 70% de água!; Evite a água corrente enquanto lava a loiça ou escova os dentes; Recupere a água da chuva para regar as suas plantas.
Na redução dos seus resíduos
Limite o uso de produtos que desperdiçam material de embalagem dando preferência às eco-recargas, aos maiores formatos…; Faça a separação do lixo afim de facilitar o seu tratamento e reciclagem; Privilegie produtos com embalagem 100% reciclável; Durante as suas compras utilize sacos de pano ou sacos reutilizáveis e evite os sacos de plástico - São necessários cerca de 500 anos para que um saco de plástico se decomponha na natureza.

Às vezes os pequenos gestos fazem toda a diferença. Contribua, pois a preservação da natureza é responsabilidade de todos nós!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Compras EcoLógicas

Cada um de nós, enquanto consumidor, pode contribuir para a preservação do planeta preferindo produtos fabricados de acordo com as normas de protecção ambiental. A dificuldade, decerto sentida por todos, está em conseguir distingui-los na vasta panóplia de artigos que são colocados à nossa disposição, nos lineares das diversas lojas que habitualmente visitamos.
Como saber o que comprar? E pior, como encontrar o tal artigo ecológico, que é realmente fantástico, mas que nunca se vê?! Quanto à parte do distingui-los, saber reconhecer o Rótulo Ecológico é uma boa dica. Quanto a achá-los, já exige um “jogo de cintura” diferente, aliado a uma mente alerta e a, não um, mas dois olhos bem abertos. Mas há que reconhecer que essa é a parte gira da coisa. Há que procurar, mas muito bem, porque usualmente este tipo de produtos está sempre na parte mais escondida da loja, assim no fundinho da prateleira e de vez em quando atrás de uma alface ou de uma pacote não sei do quê que alguém largou fora do sítio. É um exercício do tipo “onde está o Wally”, mas que é celeremente ultrapassável quando achamos o que pretendemos e da próxima vez que procuramos, eis que já sabemos onde está! Ora sendo que não há milagres, mas sabendo que os produtos estão lá, escondidinhos, mas presentes, basta ter vontade de procurá-los e comprá-los. Mas atenção, é preciso alguma calma e muita muita perseverança! É favor não sair da loja sem nenhum produto… mas ecológico!
Esta vontade de contribuir para um mundo melhor é de facto um sentimento que nos fica sempre bem, mas que exige um pouco de nós. A vontade já é um bom prenúncio, mas porque as compras EcoLógicas são realmente as mais inteligentes, urge que se tornem regra no nosso dia-a-dia e não a excepção.
Decerto que nos cruzaremos numa ou noutra loja, e com o produto ecológico no cesto! Até lá…

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Rótulo Ecológico da União Europeia

O Rótulo Ecológico Europeu - Ecolabel - permite aos consumidores identificarem facilmente os produtos ecológicos que são certificados pela União Europeia e baseia-se em estudos de impacto ambiental dos produtos em cada uma das fases do seu ciclo de vida.
O Ecolabel é atribuído a produtos:
Que garantem:

- a satisfação de rigorosos critérios de desempenho - Qualidade
- as expectativas dos consumidores.
Com impacto reduzido sobre:
- a qualidade do ar, da água e do solo.
- o consumo de recursos naturais, aquecimento global e biodiversidade.
Que contribuem para:
- a redução de resíduos.
- a economia de energia.
- a protecção da camada do ozono.
- a segurança ambiental.
- a redução do nível de ruído.

Para mais informações acerca do Rótulo Ecológico Europeu:
http://www.eco-label.com/portuguese/
http://ec.europa.eu/environment/ecolabel/brochures/consumers/pt/general.pdf
http://www.iapmei.pt/resources/download/rotuloecologico.pdf

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

EcoTurismo

O Ecoturismo é um conceito EcoLógico que está associado a uma filosofia de desenvolvimento equilibrado que alia o potencial turístico do local, à preservação das qualidades ambientais da região.
Procurando uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, o Ecoturismo pretende:
- Conservar os ecossistemas e fomentar a biodiversidade;
- Utilizar de forma sustentável o património natural e cultural;
- Promover o bem-estar das comunidades locais envolvidas.
Considerando que Portugal tem um património natural riquíssimo, porque não explorar a vertente ecológica do turismo?
Poder explorar a natureza em todo o seu esplendor é uma visão convidativa a umas férias diferentes: aliar natureza, cultura e ecologia, fugir à rotina e stress da selva urbana, mergulhar no Portugal interior que tanto tem por descobrir…
Quem gosta da natureza e dedica as suas férias ou fins-de-semana a descobri-la, acima de tudo respeita-a e sabe quão aprazíveis são os “momentos verdes”.
Com cada vez mais adeptos, o Ecoturismo veio para ficar. Descobre-o!

Eis algumas sugestões de websites a visitar:
http://www.portugal-rural.com/pt/
http://www.cafeportugal.net/
http://portal.icnb.pt/ICNPortal/vPT2007/O+ICNB/Turismo+de+Natureza/?res=1280x800

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

REduzir, REutilizar, REciclar... por um mundo melhor!

É importante termos a consciência do papel que todos nós desempenhamos na preservação do ambiente. Nesse sentido, a reciclagem é vital!
Urge adoptar uma atitude mais “amiga do ambiente” com pequenos gestos que devem fazer parte da rotina do quotidiano: REduzir a poluição, REciclar o lixo e REutilizar o maior número possível de objectos deverá ser o lema de todos nós.

Eis mais uma brilhante campanha da Sociedade Ponto Verde: Reciclar é dar e receber!
Visita o link http://www.reciclaredarereceber.com/ e verás uns vídeos engraçados, mas também educativos.

Para quem ainda tem dúvidas se sabe ou não como reciclar, nada como fazer o teste em : http://www.pontoverde.pt/jogo/

Pois é, não custa nada REduzir, REutilizar e REciclar por isso, toca lá a separar! Por um mundo melhor...

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Calcula a tua pegada ecológica!

A Pegada Ecológica surgiu para nos ajudar a perceber a quantidade de recursos naturais que utilizamos para suportar o nosso estilo de vida. Um maior número de pessoas a viver na mesma casa, o uso de transportes públicos em detrimento de privados ou o uso de fontes de energia renováveis são exemplos de iniciativas que poderão reduzir substancialmente a nossa Pegada Ecológica.
A Pegada Ecológica não é uma medida exacta mas sim uma estimativa. Ela dá-nos a indicação do impacto dos nossos actos na natureza e até que ponto a nossa forma de viver está de acordo com a capacidade que o planeta tem de disponibilizar e renovar os seus recursos naturais, bem como absorver os resíduos que geramos.
Respondendo a um questionário, poderás descobrir de que modo é que o teu estilo de vida está a afectar o planeta. Visita um dos links abaixo e calcula a tua pegada ecológica!

http://independent.footprint.wwf.org.uk/

www.pegadaecologica.org.br/

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A problemática do eco-consumo

Os produtos ecológicos estão a tornar-se cada vez mais populares. São reconhecidos pelos seus benefícios mas estão ainda pouco enraízados. A tendência é de mudança. É um facto que os hábitos de consumo começam a alterar-se mas entretanto, o cenário agrava-se...
O nosso contributo é importante, não amanhã, mas já. O futuro não espera!
Há que reconhecer a importância de preferir produtos ecológicos e compreender todas as mais valias que daí advêm. O que importa dizer que nos preocupamos com os problemas ambientais se depois não fazemos nada para os minimizar?!
Preferir um produto ecológico é ter uma atitude ambiental e socialmente responsável. É viver hoje e pensar no amanhã. É dar um passo na direcção certa, a caminho de um futuro menos incerto. É ter a consciência de que o amanhã depende de nós e preocuparmo-nos em preservar o mundo em que vivemos.
Nós preocupamo-nos! E tu?

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Europeus têm em conta o impacto ambiental

Quatro em cinco europeus afirmam ter em conta o impacto ambiental dos produtos que compram, revela um inquérito Eurobarómetro publicado esta semana.
Este inquérito teve como objectivo averiguar a posição dos europeus relativamente à noção de consumo e produção sustentáveis, a maioria esmagadora dos respondentes (83%) atribui ao impacto ambiental dos produtos lugar de relevo nos seus critérios de escolha. Os gregos, com 92%, são os mais inclinados a ponderar o impacto dos produtos que compram e os checos os menos (62%).
Cerca de 46% dos cidadãos da UE consideram que a diferenciação dos impostos sobre os produtos, penalizando os que são nocivos para o ambiente e favorecendo os ecológicos, é a melhor maneira de promover estes últimos.
Os inquiridos manifestaram-se fortemente a favor de um papel mais activo dos retalhistas na promoção dos produtos ecológicos. Na opinião de metade dos cidadãos da UE (49%), os retalhistas deveriam dar maior visibilidade a estes produtos ou reservar-lhes um lugar próprio nas suas lojas.
Apesar de só perto de metade dos cidadãos da UE declarar que a rotulagem ecológica tem peso nas suas opções de compra e de apenas um em dez considerar que no rótulo ecológico deveria figurar a quantidade total de emissões de gases com efeito de estufa originadas pelo produto, cerca de 72% acham que deveria ser obrigatório futuramente um rótulo que indique a pegada carbónica do produto.O rótulo indicaria a quantidade total de gases com efeito de estufa - dióxido de carbono incluído - emitidos durante o ciclo de vida do produto. Não há ainda a nível comunitário nenhum sistema de rotulagem da pegada carbónica, mas o Conselho de Ministros do Ambiente de Dezembro de 2008 convidou a Comissão a estudar a possibilidade da sua introdução.

(fonte: Distribuição Hoje)

segunda-feira, 10 de agosto de 2009


Marca L’Arbre Vert estabelece parceria com a Quercus

A marca L’Arbre Vert e a Quercus, Associação Nacional de Conservação da Natureza, acordaram uma parceria no âmbito do projecto Ecocasa.

O projecto Ecocasa é já uma iniciativa com grande expressão na área da educação e formação ambiental pelo que, através desta colaboração, a Quercus pretende dinamizar ainda mais as suas iniciativas em torno da sensibilização dos cidadãos para uma melhor gestão do consumo de água e de energia no sector doméstico.

Conhecer os problemas, ponderar alternativas e ajustar hábitos no quotidiano é o caminho certo para uma utilização mais racional dos recursos em todas estas áreas do quotidiano.

A vantagem dos produtos ecológicos L’Arbre Vert é o facto de terem um impacto reduzido no ambiente, comparativamente com outros produtos das mesmas categorias, pelo que diminuem assim o risco de agravamento das emissões de gases com efeito de estufa, que estão na origem do aquecimento global.

Prefira produtos ecológicos. A preservação da natureza é responsabilidade de todos nós!

Para mais informações acerca do projecto Ecocasa consulte o website: http://www.ecocasa.pt/