quinta-feira, 22 de abril de 2010

40º aniversário do Dia da Terra

A Quercus junta-se a milhares de outras organizações para, em 2010, assinalar, pela quadragésima vez, o Dia da Terra. Infelizmente, quatro décadas passadas desde o momento em que se designou internacionalmente um dia para celebrar o Planeta Terra, os dados indicam que o caminho percorrido não tem ido no bom sentido e a nossa capacidade de conhecer e respeitar os limites da sustentabilidade do Planeta não tem progredido. Portugal, para além do défice económico, tem também problemas sérios com o défice ecológico.

O panorama global
Os dados mais recentes apontam para o facto de, enquanto civilização humana, estarmos prestes a causar um cataclismo de magnitude planetária, de que as alterações climáticas são apenas um dos sintomas. O actual sistema de produção e consumo intensivos pode ser comparado à imagem de um cometa em rota de colisão com o Planeta Terra.
Para já estamos a sentir apenas a chegada de pequenos fragmentos que acompanham o cometa principal. Contudo, a aproximação é rápida, pelo que o tempo para reagir começa a escassear.

Alguns dados de contexto:- A pegada ecológica global excede em cerca de 40% a capacidade de carga do Planeta, pelo que precisaríamos de 1,4 planetas para suprir todas as necessidades actuais, sem afectar o equilibrio do planeta;
- Mais de ¾ da população mundial vive em países em débito ecológico (biocapacidade abaixo das necessidades, ou seja, não conseguem produzir dentro das suas fronteiras os recursos que consomem, nem desfazer-se dos resíduos que produzem);
- A pegada ecológica do cidadão europeu ocupa, em média, 4,6 hectares globais e a de um cidadão dos EUA 9,6 hectares globais (tendo presente que a disponibilidade global é de 1,8 hectares globais per capita);
- Este desrespeito pelos limites do planeta Terra acontece quando apenas mil milhões de pessoas têm uma vida abastada, mil a dois mil milhões vivem em economias de transição e cerca de três a quatro mil milhões sobrevivem com apenas alguns euros por dia;
- Considerando que a população mundial em 2050 terá previsivelmente crescido dos actuais 6 mil milhões para 9 mil milhões, para que consigamos viver dentro dos limites do planeta será necessário que:
- Os cidadãos europeus reduzam a sua pegada ecológica para 25% da actual
- Os cidadãos dos EUA reduzam a sua pegada ecológica para 10% da actual.

O défice ecológico nacional
Segundo dados de 2009, Portugal apresenta uma pegada ecológica de 4,4 hectares globais per capita (hg/per capita), tendo uma biocapacidade de apenas 1,2 hg/per capita. Em suma, o défice português é de cerca de 3,2 hg/per capita, ou seja, a pegada ecológica nacional está mais de 350% acima da nossa capacidade produtiva e de processamento dos resíduos que produzimos.
Se todos os países do mundo apresentassem esta pegada, seriam necessários 2,5 planetas. Como só temos um planeta à disposição, é urgente alterar a forma como nos relacionamos com o ambiente que nos rodeia.

O contributo de cada um de nós
Todos podemos e devemos ser agentes de mudança e promotores de um desenvolvimento sustentável nos diversos contextos da nossa vida, enquanto filhos, educadores, profissionais, amigos, vizinhos, etc.. Abdicar desse papel equivalerá a contribuir directamente para a manutenção da abordagem que nos conduziu à presente situação de desequilíbrio. E este é um cenário em que todos perdem e, logo, a evitar a todo o custo. Aqui ficam algumas propostas:
- Reduzir o consumo de carne proveniente da produção intensiva e consequentemente preferir alimentos de origem vegetal (frutas, legumes, cereais e leguminosas)
- Preferir alimentos produzidos em modo biológico ou biodinâmico
- Não adquirir animais ou produtos de animais em vias de extinção
- Plantar espécies autóctones
- Poupar água
- Reduzir o consumo de energia
- Pensar muito bem antes de comprar um qualquer bem ou serviço (reflectir sobre a sua necessidade, utilidade e impacto em termos de sustentabilidade/gasto de recursos, poluição e impacto no fim da vida, condições sociais em que foi produzido)
- Preferir produtos nacionais
- Andar a pé, de bicicleta e de transportes colectivos
- Respeitar os mesmos princípios em qualquer contexto: trabalho, escola, férias, etc.
- Exigir que os nossos representantes políticos assumam políticas que promovam a sustentabilidade
- Exigir que as empresas disponibilizem produtos e serviços mais sustentáveis e que o comprovem através de certificações independentes
São apenas alguns exemplos do muito que qualquer cidadão comum pode fazer para ajudar o Planeta que é a NOSSA CASA COMUM

(Fonte: !Pela Natureza)

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Dia da Terra: Amanhã dia 22 de Abril

Por ocasião da celebração do «Dia da Terra», que se festeja esta quarta-feira, o Partido Ecologista «Os Verdes» (PEV) e a Quercus afirmam ao tvi24.pt que os cidadãos portugueses estão cada vez mais sensíveis para as questões ambientais, mas reforçam que os sucessivos governos não têm cumprido a sua parte.
Filipa Alves, da Quercus, não tem dúvidas de que «nos últimos anos tem havido uma maior procura por informações relativas à área do ambiente e uma maior preocupação nesse sentido», fenómeno que apesar de abranger «muitos jovens em idade escolar» alastra-se «de um modo geral a todas as faixas etárias». Esta abertura «deve-se à forma pró-activa de alerta aos cidadãos para a sensibilização em assuntos ambientais» por parte das organizações responsáveis, que também pressionam «os governos para que cumpram as promessas na área do ambiente».

«Governos não têm política ambiental real»
No entanto, o PEV considera que «os sucessivos governos não têm tido uma real política ambiental, pois a economia, o lucro e o interesse de alguns sobrepõem-se ao bem-estar de todos, levando à existência e concretização de medidas que lesam o ambiente». À primeira vista «pode dizer-se que existe uma maior sensibilidade, mas é somente ao nível de intenções, pois "parece bem" e faz de propaganda a defesa do ambiente», contudo o «planeta não pode viver só de intenções».
No sentido de inverter a situação, «o PEV irá continuar a realizar propostas, medidas de defesa e preservação do ambiente nas diversas áreas de acção humanas. Temos propostas na área da segurança alimentar, alterações climáticas, energia, transportes e mobilidade, água, agricultura e pescas».

Escassez da água é problema do século
Rita Nunes, também da Quercus, considera que o «Plano Nacional para as Alterações Climáticas, está bastante atrasado. Medidas como a utilização de transportes colectivos e o abandono do transporte privado não estão a ter os resultados previstos».
Alertou ainda para o perigo de «escassez da água» que acredita ser «o maior problema do século como consequência das alterações climáticas».
«Os Verdes» acrescentam que, para além da escassez da água potável, tudo o que não permite o desenvolvimento sustentável, que prejudica e compromete as gerações de agora e futuras são uma ameaça para a Terra. As alterações climáticas, a desertificação dos solos e a perda de biodiversidade são exemplos disso mesmo».

Celebrar a Terra todos os dias
O Partido Ecologista celebra este dia criado em 1970, pelo Senador norte-americano Gaylord Nelson, que deu origem à Agência de Protecção Ambiental dos Estados Unidos (EPA), com a consciência de que «não é só neste dia que nos devemos consciencializar para esta questão, mas sim em todos os dias pois é urgente fazer algo para mudar consciências e mentalidades».
Sublinha que «os diversos acordos e conferências internacionais por si só não resolvem o problema, é preciso passar à acção para fazer o que ainda falta», no entanto «assinalar o Dia da Terra é essencial para alertar, esclarecer e lembrar a importância que o planeta tem para a existência da vida, tal como a conhecemos».

(Fonte: TVI 24)

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Passatempo L'Arbre Vert

A L'Arbre Vert tem um novo passatempo. Participa! Temos 10 kits de produtos para oferecer! :)