quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Cimeira de Cancún cria Fundo Verde para os países menos desenvolvidos

A conferência das Nações Unidas sobre alterações climáticas conseguiu um acordo, entre os 193 países participantes, para a criação de um Fundo Verde para ajudar os países menos desenvolvidos nos esforços de preservação do ambiente, avança a a agência Lusa.
Embora tendo sido mais uma cimeira sem compromissos para maiores reduções nas emissões de dióxido de carbono, o maior problema na luta contra as alterações climáticas, esta foi a primeira vez em três anos em que a cimeira das 193 nações adoptou alguns acordos globais, depois dos fracassos de Copenhaga.
O Fundo Verde Climático (GCF) é criado dentro da convenção quadro que contará com um conselho com 24 países membros e um fideicomissário (responsável que estipula a obrigação de transmitir a outro e as condições em que isso é feito), que num primeiro momento será o Banco Mundial.
Será também criada uma comissão de transmissão formado por 40 países, 15 dos quais países ricos e industrializados e os restantes países em desenvolvimento.
Ficou incorporada na declaração final o compromisso de proporcionar 30 mil milhões de dólares de financiamento rápido (fast start) para o período 2008-2012.
É ainda reafirmada a necessidade, já reconhecida em Copenhaga, de «mobilizar 100 mil milhões de dólares por ano (76 mil milhões de euros) a partir de 2020 para atender as necessidades dos países em desenvolvimento».
Os acordos de Cancún criam, portanto, as instituições para levar tecnologia e fundos aos países pobres, embora sem definir de onde virão esses fundos.
Sem assumirem compromissos específicos a este nível, os países concordam em «elevar o nível de ambição» das reduções de emissões de gases com efeitos de estufa e propõem aos países com vinculo com o protocolo de Quioto «que em 2020 reduzam as emissões entre 25 e 40 por cento em relação aos níveis de 1990».

(Fonte: Portugal Diário)

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Relatório da Comissão Europeia admite fracasso nos objectivos para a biodiversidade

O relatório divulgado este mês pela Comissão Europeia vem dar contornos oficiais ao que já se sabia: a União Europeia não atingiu o objectivo de travar a perda da biodiversidade em território europeu até 2010. A avaliação do Plano de Acção sobre a Biodiversidade (PAB) sublinha que são necessários maiores progressos, na estratégia pós-2010, no que diz respeito a disponibilização de meios financeiros, integração de questões relacionadas com a biodiversidade noutras políticas sectoriais e preenchimento de lacunas existentes a nível político.
Não obstante, o documento apresenta ainda progressos significativos ao longo dos últimos dois anos. O alargamento dos sítios Natura 2000, aliado a uma protecção mais eficaz destas zonas europeias protegidas é avaliado como um sinal positivo em prol da biodiversidade. Outros avanços passam pela melhoria da base europeia de conhecimentos e pelo estabelecimento de novas ligações entre biodiversidade e alterações climáticas.
Em termos do trabalho feito em políticas sectoriais, o relatório de avaliação do PAB salienta as mudanças positivas na Política Agrícola Comum (PAC), Política Comum de Pescas (PCP) e na política de Energia da União. Em 2009, a Comissão Europeu realizou um “exame de saúde” da PAC, através do qual identificou a biodiversidade como um dos cinco novos desafios da PAC e introduziu novas normas relativas ao estabelecimento de habitates e de faixas de protecção ao longo de cursos de água.
No que diz respeito à PCP, e com a reforma legislativa em curso, a Comissão adoptou, também no ano passado, o Livro Verde sobre a Reforma da Política de Pescas, que sublinha o impacto das pescas na biodiversidade marinha. Já no domínio da energia, o relatório salienta os progressos com vista à adopção de critérios de sustentabilidade para os biocombustíveis líquidos assim como os esforços feitos para o desenvolvimento de energias renováveis.

Pegada ecológica aumentou 33% em 40 anos
No entanto, os progressos assinalados não conseguem mascarar a realidade europeia em termos de biodiversidade. Nos últimos 40 anos, a pegada ecológica da Europa, que compara a procura humana com as reservas ecológicas, registou um aumento de 33 por cento. Além disso, os serviços ecossistémicos europeus têm um estatuto misto ou degradado, o que significa, na prática, que a Europa deixou de ser capaz de produzir serviços ambientais básicos – ar e água não poluídos, por exemplo – com um nível óptimo de qualidade e quantidade.
«As ameaças no resto do mundo são ainda maiores do que na UE. É por isso que se torna imperativo que a Conferência de Nagoya defina uma forte estratégia mundial para a protecção da biodiversidade e dos ecossistemas», afirma o Comissário para o Ambiente, Janez Potočnik.
Agendada entre os dias 18 e 25 de Outubro, no Japão, a Conferência para a Diversidade Biológica de Nagoya, no Japão, visa alcançar um acordo global para a biodiversidade até 2020.

(Fonte: Ambiente Online)

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

L’Arbre Vert marca presença no Green Fest


A marca de produtos ecológicos L’Arbre Vert estará presente na 3ª Edição do Green Festival. No espaço L’Arbre Vert haverá a possibilidade de responder a Eco-Quizes e as ofertas ecológicas estão garantidas!
Destinados a divulgar as vantagens da marca e produtos, bem como conselhos para ser mais amigo do ambiente, os Quizes L’Arbre Vert são uma actividade divertida que ajuda à proliferação da educação ambiental.
A realizar-se entre os dias 10 e 17 de Setembro de 2010 no Centro de Congressos do Estoril, o Green Festival é ja uma referência na área do desenvolvimento sustentável. Aliada ao Ano Internacional da Biodiversidade e ao Ano Europeu Contra a Pobreza e Exclusão Social, esta edição está de volta com um vasto programa de actividades destinado a sensibilizar os participantes para a importância de um futuro mais verde, solidário, equilibrado e repleto de bem-estar. Música, actividades para crianças, contacto com empresas sustentáveis, compras ecológicas, alimentação saudável, swap market, passatempos, pedipaper, mercado biológico, aulas de yoga, meditação ou massagens são algumas das iniciativas previstas. Para mais informações acerca da marca L’Arbre Vert e do evento Green Festival, consulte os websites: www.larbrevert.pt e www.greenfestival.pt/2010.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Quercus denuncia falta de conservação da floresta portuguesa

A falta de conservação da floresta portuguesa tem sido a grande falha no combate aos incêndios dos últimos anos, denuncia hoje a Quercus. A associação defende um cadastro “actualizado e rigoroso” e a aposta nas espécies autóctones.
Ainda que a coordenação e combate aos incêndios tenha melhorado, a prevenção “continua a tardar”, comenta a Quercus em comunicado. Neste capítulo, um dos maiores problemas continua a ser “ordenar o que não se conhece”. Como alternativa, a associação defende um novo cadastro geométrico da propriedade rústica, promovendo o “associativismo e a gestão da estrutura minifundiária” no Norte e Centro do país.
Além disso, a associação pede a realização de um novo Inventário Florestal Nacional. O último data de 2005/2006. Este documento deve incluir “informação detalhada e actualizada sobre as espécies que ocupam o território, definindo claramente as áreas de povoamentos, matos e jovens povoamentos em regeneração natural que, frequentemente, são incluídos na área de matos”, explica.
A Quercus diz ainda que se deve operacionalizar no terreno as Zonas de Intervenção Florestal (ZIF), enquanto áreas de gestão conjunta, e que se deve dar “particular atenção à necessidade de conter a dispersão urbanística nos espaços florestais”. “Aliás, Portugal parece particularmente empenhado em destruir a sua própria floresta, autorizando diversos projectos de urbanização em áreas condicionadas, nomeadamente áreas de montado de sobro e azinho e florestas litorais”.
A Quercus coloca no centro do ordenamento florestal a “diversificação da paisagem no espaço rural”, apostando na silvicultura preventiva sustentável e nas espécies folhosas autóctones, como o carvalho e o sobreiro. De acordo com o Inventário Florestal Nacional, enquanto o eucalipto se tem mantido estável, a azinheira e carvalho registaram uma queda abrupta.
Nesta série de recomendações, a associação inclui ainda a urgência em “agilizar o acesso às verbas previstas no Fundo Florestal Permanente e no PRODER para a gestão da floresta”. Além disso defende mais apoios financeiros e técnicos à plantação e gestão da floresta autóctone e não apenas às espécies de crescimento rápido.
Segundo os últimos dados da Autoridade Florestal Nacional, até 15 de Agosto foram registadas 14.661 ocorrências, das quais 2449 incêndios florestais, que resultaram numa área ardida de 71.687 hectares.

(Fonte: Ecosfera - Público)

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Catástrofes alertam para efeitos de aquecimento global

Entre canícula, seca e inundações, os acontecimentos excepcionais que se desenrolam este verão, da Rússia ao Paquistão, remetem para as perspectivas sombrias dos efeitos futuros das mudanças climáticas, noticia a Lusa.
Os climatólogos interrogados pela agência noticiosa AFP recusam correlacionar as catástrofes que atingem a Federação Russa, o Paquistão, a China ou a Europa de Leste, argumentando com a falta de histórico.
Mas todos as consideram «coerentes» com as conclusões do Grupo Intergovernamental de Peritos sobre as Mudanças Climáticas (GIEC).
«São acontecimentos que se reproduzem e se intensificam num clima perturbado pela poluição dos gases com efeito de estufa», adianta Jean-Pascal Van Ypersele, vice-presidente do GIEC.
«Os acontecimentos extremos são uma das maneiras pelas quais as mudanças climáticas se tornam dramaticamente perceptíveis», acrescentou.

Terra nunca esteve tão quente
A Agência dos Estados Unidos para os Oceanos e a Atmosfera (NOAA, na sigla em inglês) assegura que o planeta nunca esteve tão quente como no primeiro semestre de 2010.
Ora, segundo o GIEC, num clima que está a aquecer, as secas e as vagas de calor, como a que ocorre na Federação Russa e em 18 Estados norte-americanos, tornar-se-ão mais intensas e mais longas.
«Que se trate de frequência ou de intensidade, praticamente em cada ano batem-se recordes, às vezes até na mesma semana: na Rússia, o recorde absoluto observado em Moscovo, nunca visto desde o início dos registos meteorológicos há 130 anos (38,2 graus Celsius no fim de Julho), foi batido no início de Agosto. No Paquistão, as inundações nunca conheceram uma tal amplitude geográfica», sublinha Omar Baddour, encarregado de acompanhar a evolução do clima mundial na Organização Meteorológica Mundial.
«Encontramo-nos, nos dois casos, numa situação sem precedentes», assegurou.
«A sucessão de extremos e a aceleração dos registos são conformes às projecções do GIEC. Mas é preciso observar estes extremos ao longo de vários anos para tirar conclusões em termos de clima», relativizou.
Tanto assim que as inundações no Paquistão poderão ser imputáveis ao fenómeno La Niña que - ao contrário do El Niño, ao qual sucede normalmente - é provocado por um arrefecimento acentuado da temperatura na superfície do Oceano Pacífico Central.
«De maneira geral, o El Niño provoca uma seca no subcontinente indiano e no Sahel. Com o La Niña é o contrário», adiantou Baddour.
O climatólogo britânico Andrew Watson justificou o calor atual com o El Niño do ano passado.
«Sabemos que depois do El Niño segue-se um ano particularmente quente, e é o que se está a passar», apontou.
O especialista adiantou que os extremos observados este ano são «totalmente coerentes com os relatórios do Grupo Intergovernamental de Peritos sobre as Mudanças Climáticas e com as previsões de 99 por cento dos cientistas».

(Fonte: Diario.iol.pt)

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Barrigas de Amor


A marca L’Arbre Vert irá patrocinar o evento “Barrigas de Amor", especialmente dedicado às grávidas, aos bebés, às mamãs, aos pais e aos avós.
No espaço L'Arbre Vert, dedicado à divulgação dos eco-produtos no âmbito da consciencialização das questões ecológicas, serão desenvolvidas diversas dinâmicas, tais como a possibilidade de responder a Eco-Quizes com ofertas L'Arbre Vert ou Modelagem de balões e pinturas faciais para crianças. A L'Arbre Vert efectuará também uma palestra, que se realizará às 10h00 no espaço "Info Barrigas", acerca dos "Cuidados a ter na lavagem da roupa do seu bebé".
Para mais informações acerca das actividades que irão acontecer nesta festa dedicada a todas as famílias, consulte o website www.barrigasdeamor.pt.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

40º aniversário do Dia da Terra

A Quercus junta-se a milhares de outras organizações para, em 2010, assinalar, pela quadragésima vez, o Dia da Terra. Infelizmente, quatro décadas passadas desde o momento em que se designou internacionalmente um dia para celebrar o Planeta Terra, os dados indicam que o caminho percorrido não tem ido no bom sentido e a nossa capacidade de conhecer e respeitar os limites da sustentabilidade do Planeta não tem progredido. Portugal, para além do défice económico, tem também problemas sérios com o défice ecológico.

O panorama global
Os dados mais recentes apontam para o facto de, enquanto civilização humana, estarmos prestes a causar um cataclismo de magnitude planetária, de que as alterações climáticas são apenas um dos sintomas. O actual sistema de produção e consumo intensivos pode ser comparado à imagem de um cometa em rota de colisão com o Planeta Terra.
Para já estamos a sentir apenas a chegada de pequenos fragmentos que acompanham o cometa principal. Contudo, a aproximação é rápida, pelo que o tempo para reagir começa a escassear.

Alguns dados de contexto:- A pegada ecológica global excede em cerca de 40% a capacidade de carga do Planeta, pelo que precisaríamos de 1,4 planetas para suprir todas as necessidades actuais, sem afectar o equilibrio do planeta;
- Mais de ¾ da população mundial vive em países em débito ecológico (biocapacidade abaixo das necessidades, ou seja, não conseguem produzir dentro das suas fronteiras os recursos que consomem, nem desfazer-se dos resíduos que produzem);
- A pegada ecológica do cidadão europeu ocupa, em média, 4,6 hectares globais e a de um cidadão dos EUA 9,6 hectares globais (tendo presente que a disponibilidade global é de 1,8 hectares globais per capita);
- Este desrespeito pelos limites do planeta Terra acontece quando apenas mil milhões de pessoas têm uma vida abastada, mil a dois mil milhões vivem em economias de transição e cerca de três a quatro mil milhões sobrevivem com apenas alguns euros por dia;
- Considerando que a população mundial em 2050 terá previsivelmente crescido dos actuais 6 mil milhões para 9 mil milhões, para que consigamos viver dentro dos limites do planeta será necessário que:
- Os cidadãos europeus reduzam a sua pegada ecológica para 25% da actual
- Os cidadãos dos EUA reduzam a sua pegada ecológica para 10% da actual.

O défice ecológico nacional
Segundo dados de 2009, Portugal apresenta uma pegada ecológica de 4,4 hectares globais per capita (hg/per capita), tendo uma biocapacidade de apenas 1,2 hg/per capita. Em suma, o défice português é de cerca de 3,2 hg/per capita, ou seja, a pegada ecológica nacional está mais de 350% acima da nossa capacidade produtiva e de processamento dos resíduos que produzimos.
Se todos os países do mundo apresentassem esta pegada, seriam necessários 2,5 planetas. Como só temos um planeta à disposição, é urgente alterar a forma como nos relacionamos com o ambiente que nos rodeia.

O contributo de cada um de nós
Todos podemos e devemos ser agentes de mudança e promotores de um desenvolvimento sustentável nos diversos contextos da nossa vida, enquanto filhos, educadores, profissionais, amigos, vizinhos, etc.. Abdicar desse papel equivalerá a contribuir directamente para a manutenção da abordagem que nos conduziu à presente situação de desequilíbrio. E este é um cenário em que todos perdem e, logo, a evitar a todo o custo. Aqui ficam algumas propostas:
- Reduzir o consumo de carne proveniente da produção intensiva e consequentemente preferir alimentos de origem vegetal (frutas, legumes, cereais e leguminosas)
- Preferir alimentos produzidos em modo biológico ou biodinâmico
- Não adquirir animais ou produtos de animais em vias de extinção
- Plantar espécies autóctones
- Poupar água
- Reduzir o consumo de energia
- Pensar muito bem antes de comprar um qualquer bem ou serviço (reflectir sobre a sua necessidade, utilidade e impacto em termos de sustentabilidade/gasto de recursos, poluição e impacto no fim da vida, condições sociais em que foi produzido)
- Preferir produtos nacionais
- Andar a pé, de bicicleta e de transportes colectivos
- Respeitar os mesmos princípios em qualquer contexto: trabalho, escola, férias, etc.
- Exigir que os nossos representantes políticos assumam políticas que promovam a sustentabilidade
- Exigir que as empresas disponibilizem produtos e serviços mais sustentáveis e que o comprovem através de certificações independentes
São apenas alguns exemplos do muito que qualquer cidadão comum pode fazer para ajudar o Planeta que é a NOSSA CASA COMUM

(Fonte: !Pela Natureza)

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Dia da Terra: Amanhã dia 22 de Abril

Por ocasião da celebração do «Dia da Terra», que se festeja esta quarta-feira, o Partido Ecologista «Os Verdes» (PEV) e a Quercus afirmam ao tvi24.pt que os cidadãos portugueses estão cada vez mais sensíveis para as questões ambientais, mas reforçam que os sucessivos governos não têm cumprido a sua parte.
Filipa Alves, da Quercus, não tem dúvidas de que «nos últimos anos tem havido uma maior procura por informações relativas à área do ambiente e uma maior preocupação nesse sentido», fenómeno que apesar de abranger «muitos jovens em idade escolar» alastra-se «de um modo geral a todas as faixas etárias». Esta abertura «deve-se à forma pró-activa de alerta aos cidadãos para a sensibilização em assuntos ambientais» por parte das organizações responsáveis, que também pressionam «os governos para que cumpram as promessas na área do ambiente».

«Governos não têm política ambiental real»
No entanto, o PEV considera que «os sucessivos governos não têm tido uma real política ambiental, pois a economia, o lucro e o interesse de alguns sobrepõem-se ao bem-estar de todos, levando à existência e concretização de medidas que lesam o ambiente». À primeira vista «pode dizer-se que existe uma maior sensibilidade, mas é somente ao nível de intenções, pois "parece bem" e faz de propaganda a defesa do ambiente», contudo o «planeta não pode viver só de intenções».
No sentido de inverter a situação, «o PEV irá continuar a realizar propostas, medidas de defesa e preservação do ambiente nas diversas áreas de acção humanas. Temos propostas na área da segurança alimentar, alterações climáticas, energia, transportes e mobilidade, água, agricultura e pescas».

Escassez da água é problema do século
Rita Nunes, também da Quercus, considera que o «Plano Nacional para as Alterações Climáticas, está bastante atrasado. Medidas como a utilização de transportes colectivos e o abandono do transporte privado não estão a ter os resultados previstos».
Alertou ainda para o perigo de «escassez da água» que acredita ser «o maior problema do século como consequência das alterações climáticas».
«Os Verdes» acrescentam que, para além da escassez da água potável, tudo o que não permite o desenvolvimento sustentável, que prejudica e compromete as gerações de agora e futuras são uma ameaça para a Terra. As alterações climáticas, a desertificação dos solos e a perda de biodiversidade são exemplos disso mesmo».

Celebrar a Terra todos os dias
O Partido Ecologista celebra este dia criado em 1970, pelo Senador norte-americano Gaylord Nelson, que deu origem à Agência de Protecção Ambiental dos Estados Unidos (EPA), com a consciência de que «não é só neste dia que nos devemos consciencializar para esta questão, mas sim em todos os dias pois é urgente fazer algo para mudar consciências e mentalidades».
Sublinha que «os diversos acordos e conferências internacionais por si só não resolvem o problema, é preciso passar à acção para fazer o que ainda falta», no entanto «assinalar o Dia da Terra é essencial para alertar, esclarecer e lembrar a importância que o planeta tem para a existência da vida, tal como a conhecemos».

(Fonte: TVI 24)

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Passatempo L'Arbre Vert

A L'Arbre Vert tem um novo passatempo. Participa! Temos 10 kits de produtos para oferecer! :)

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Secretário da ONU para as alterações climáticas demite-se

O chefe da ONU para as alterações climáticas, Yvo de Boer, anunciou que vai deixar a secretaria da Convenção das Nações Unidas - instituição que lidera desde 2006 - em Julho, depois de não se ter chegado a acordo na Cimeira de Copenhaga, em Dezembro do ano passado.
«Foi uma decisão difícil, mas acho que chegou o momento de assumir um novo desafio, a trabalhar sobre o clima e a sustentabilidade no sector privado e académico», explicou De Boer em comunicado, citado pelo diário espanhol «El País».
«Copenhaga não nos deu um acordo claro em termos jurídicos, mas o compromisso político de os países se dirigirem para um mundo com baixas emissões é irrevogável. Isto requer novas parcerias com o sector empresarial e agora tenho a oportunidade de contribuir para que tal aconteça», acrescentou.
A Cimeira foi descrita como «decepcionante» pela União Europeia. Além de vários dias de negociações quase em vão, esta foi ainda palco de vários incidentes e detenções de manifestantes durante protestos ecologistas.
De Boer vai continuar em funções até 1 de Julho e ajudará a dirigir as negociações até à XVI Conferência das Partes (COP XVI), que irá decorrer em Novembro no México.

(Fonte:Portugal Diário)

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Maiores emissores de CO2 estão entre os 55 países que já aderiram ao Acordo de Copenhaga

Cinquenta e cinco países, representando 78 por cento das emissões globais de dióxido de carbono (CO2), juntaram-se ao Acordo de Copenhaga – o resultado não-vinculativo da última cimeira das Nações Unidas sobre alterações climáticas, em Dezembro passado.
A ONU tinha dado um prazo até 31 de Janeiro para que os países manifestassem a sua intenção de aderir ao acordo, selado inicialmente entre cinco nações – Estados Unidos, China, Índia, Brasil e África do Sul. Na lista agora divulgada pelo secretariado da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas figuram 20 países em desenvolvimento e os demais são nações industrializadas ou em transição para uma economia de mercado, incluindo os 27 Estados-membros da União Europeia (UE). A ONU, no entanto, não contabiliza Chipre no saldo final, por não integrar o mesmo anexo da convenção onde estão os demais países da UE.
O Acordo de Copenhaga previa que cada país apresentasse que compromissos ou acções estão dispostos a fazer para reduzir a sua contribuição para o aquecimento global. Os países desenvolvidos submeteram sobretudo promessas que já tinham anunciado antes da cimeira de Copenhaga – desde os 17 por cento de redução de emissões dos Estados Unidos, entre 2005 e 2020, até aos 40 por cento da Noruega entre 1990 e 2020.
Poucos admitem compromissos unilaterais – como a União Europeia, que já assumiu internamente a meta de 20 por cento. A maior parte condiciona as suas promessas à adopção de um acordo internacional ambicioso e legalmente vincultativo, que inclua todos os maiores emissores mundiais de CO2. Os Estados Unidos fazem depender a sua meta da aprovação de um pacote legislativo interno, o qual está, porém, a enfrentar obstáculos no Senado. O Canadá alinhará com o que ficar decidido nos EUA.
Do lado dos países em desenvolvimento, os promessas são variadas. Alguns, como o Brasil, Indonésia, África do Sul e Singapura, propõem metas de redução relativa das suas emissões – isto é, um crescimento menor no futuro. A China e a Índia dizem que vão reduzir a sua intensidade carbónica, ou seja, emissões de CO2 por unidade do PIB. Outros, sobretudo países mais pobres, não avançam metas numéricas mas apresentam projectos concretos em áreas como energias renováveis, florestas ou transportes. As Maldivas afirmam que chegarão a 2020 neutras em carbono.
O Acordo de Copenhaga não tem carácter vinculativo e, na cimeira de Dezembro, os 194 países signatários da convenção climática da ONU apenas dele “tomaram nota”. Mas para o secretário executivo da convenção, Yvo de Boer, a resposta obtida até agora é um bom sinal. “É preciso maior ambição para se enfrentar o desafio [das alterações climáticas]. Mas vejo esses compromissos como claros sinais da vontade de avançar nas negociações rumo a uma conclusão bem sucedida”, afirma, num comunicado.
Depois do falhanço da cimeira de Copenhaga, que teoricamente deveria ter conduzido a um novo tratado internacional climático além do Protocolo de Quioto, as negociações formais prosseguem este ano, com nova data decisiva marcada para o fim do ano, no México.

(Fonte: Público.PT-Ecosfera)

sábado, 16 de janeiro de 2010

As mudanças climáticas inevitáveis: Mais dois graus, mais milhões de refugiados

Milhões de pessoas vão tornar-se refugiadas climáticas quando os gelos começarem a fundir e as inundações a aumentar, alerta um especialista em clima ouvido pela Lusa, para quem a subida da temperatura média em mais de dois graus é já inevitável.
Para o climatologista Filipe Duarte Santos, tendo em conta que a temperatura já subiu face à era pré-industrial e que muitos países ainda não atingiram os seus picos de emissão, «já não é possível dizer que não iremos ultrapassar os dois graus centígrados, tidos como o nível de segurança a partir do qual há consequências irreversíveis».
Essas consequências incidem em várias áreas, particularmente a criosfera, cujo exemplo máximo é a Gronelândia, onde o gelo derrete a um ritmo de 239 quilómetros cúbicos por ano: montanhas de gelo com uma altitude equivalente à distância entre Setúbal e Coimbra. «Esta quantidade vai aumentar e começar a fundir de forma quase irreversível», acrescentou.
O investigador português Gonçalo Vieira, especialista em gelo, sublinha igualmente o «estado de desequilíbrio climático» em que se encontra esta grande ilha, que constitui «uma das áreas que mais preocupa a comunidade científica». O problema não é apenas a massa que perde, mas também a velocidade a que esse gelo está a fluir.
Segundo Filipe Duarte Santos, a fusão do gelo da Gronelândia e de outros glaciares de montanha são o que mais contribui para a subida do nível do mar, que pode ir até mais de um metro, afectando directamente as populações que habitam perto de bacias hidrográficas.
«No Bangladesh seis milhões de pessoas vivem numa faixa costeira com a altitude máxima de um metro. Estas pessoas terão que se ir embora, serão refugiados climáticos», disse, lembrando que há regiões já inundadas, como o Delta do Nilo.
Em Portugal, esta situação ainda não existe, mas já se verificam problemas de erosão no estuário do Tejo e do Sado, na ria Formosa e na ria de Aveiro.
Outro risco é o da acidificação dos oceanos, causado pelo dióxido de carbono na atmosfera, que ao fim de algum tempo acaba por se dissolver nos oceanos, formando ácido carbónico. Esta alteração do PH da água vai ter impactos nos seres vivos, prejudicando os ecossistemas marinhos.
Segundo Alexandra Cunha, presidente da Liga para a Protecção da Natureza, também «já estão a aparecer algas que estavam relacionadas com a zona tropical e espécies de peixes ligados à zona de Cabo Verde ou do mediterrâneo».
Também se verificam mudanças no padrão de migração de aves, como a cegonha, o flamingo e os corvos marinhos, que migravam em determinada altura do ano para África e agora já ficam residentes em Portugal.

(Fonte: Portugal Diário)

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

2010-Ano Internacional da Biodiversidade

O Secretario Geral da ONU pediu a todos os países e a todos os cidadãos que formem uma parceria e adoptem uma nova visão para proteger a vida na Terra.
Numa mensagem para marcar o Ano Internacional da Biodiversidade, que se comemora neste novo ano de 2010, Ban Ki-moon recordou que em 2002 os líderes mundiais acordaram reduzir substancialmente as taxas de perda de biodiversidade.
O Secretário Geral referiu ainda que não será fácil alcançar o objectivo definido então para 2010.
“As nossas vidas dependem da biodiversidade. As espécies e os ecossistemas estão a desaparecer a um ritmo insustentável. Os seres humanos são a causa. Poderíamos perder uma grande variedade de bens e serviços que damos como adquiridos “, afirmou Ban.
Este acrescentou ainda que o prejuízo teria consequências muito profundas para as economias e para as pessoas, especialmente os mais pobres.
Para mais informações acerca do Ano Internacional da Biodiversidade 2010, consulte o website: http://www.cbd.int/2010/welcome/

(Fonte: !Pela Natureza)