quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Cimeira de Cancún cria Fundo Verde para os países menos desenvolvidos

A conferência das Nações Unidas sobre alterações climáticas conseguiu um acordo, entre os 193 países participantes, para a criação de um Fundo Verde para ajudar os países menos desenvolvidos nos esforços de preservação do ambiente, avança a a agência Lusa.
Embora tendo sido mais uma cimeira sem compromissos para maiores reduções nas emissões de dióxido de carbono, o maior problema na luta contra as alterações climáticas, esta foi a primeira vez em três anos em que a cimeira das 193 nações adoptou alguns acordos globais, depois dos fracassos de Copenhaga.
O Fundo Verde Climático (GCF) é criado dentro da convenção quadro que contará com um conselho com 24 países membros e um fideicomissário (responsável que estipula a obrigação de transmitir a outro e as condições em que isso é feito), que num primeiro momento será o Banco Mundial.
Será também criada uma comissão de transmissão formado por 40 países, 15 dos quais países ricos e industrializados e os restantes países em desenvolvimento.
Ficou incorporada na declaração final o compromisso de proporcionar 30 mil milhões de dólares de financiamento rápido (fast start) para o período 2008-2012.
É ainda reafirmada a necessidade, já reconhecida em Copenhaga, de «mobilizar 100 mil milhões de dólares por ano (76 mil milhões de euros) a partir de 2020 para atender as necessidades dos países em desenvolvimento».
Os acordos de Cancún criam, portanto, as instituições para levar tecnologia e fundos aos países pobres, embora sem definir de onde virão esses fundos.
Sem assumirem compromissos específicos a este nível, os países concordam em «elevar o nível de ambição» das reduções de emissões de gases com efeitos de estufa e propõem aos países com vinculo com o protocolo de Quioto «que em 2020 reduzam as emissões entre 25 e 40 por cento em relação aos níveis de 1990».

(Fonte: Portugal Diário)

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